Vale a pena participar de leilão de imóveis?

O leilão de imóveis vem crescendo muito como uma alternativa à compra tradicional e ao financiamento imobiliário de casas e apartamentos. Porém, será que vale a pena comprar imóveis em leilão?

Neste artigo, vamos contar como funciona e quais são as vantagens de comprar uma casa, um apartamento ou um imóvel comercial por meio de um leilão. Siga a leitura para ficar por dentro!

O que é um leilão de imóveis?

Você está procurando um imóvel com desconto? Via de regra, um imóvel de leilão apresenta um preço bem abaixo do valor de mercado. Essa modalidade de compra de casas e apartamentos é administrada por instituições bancárias, em parceria com empresas leiloeiras.

A venda de casas em leilão, apartamentos e imóveis comerciais acontece em todas as regiões do país, em formato presencial, online ou híbrido. Vence a pessoa que oferecer o maior lance pelo imóvel. Já em relação aos tipos de leilão, existem dois:

• leilão judicial: o imóvel vem de um processo judicial, que executa uma sentença para a penhora dele. Assim, a propriedade vai a leilão público para que o valor do arremate seja revertido em prol da instituição bancária;

• leilão extrajudicial: essa opção não envolve processo. Normalmente, quando o comprador deixa de pagar o financiamento do imóvel por mais de três meses, há uma alienação fiduciária e o imóvel retorna para o banco.

Quais são as vantagens do leilão de imóveis?

A grande vantagem de participar de um leilão de imóveis é realmente o preço diferenciado. Em geral, imóveis que vão a leilão passaram por algum processo de herança, inadimplência, penhora, dívidas com impostos e condomínio ou conduta criminosa do proprietário, entre outros fatores.

Por isso, eles são mais baratos que o valor de mercado normal, podendo ter 60% ou mais de desconto, especialmente caso seja o segundo leilão por que passam. Outro benefício é o pagamento facilitado, que possibilita a quitação do lance de forma parcelada.

Além disso, é possível financiar um imóvel de leilão. Diversas instituições bancárias cobrem o financiamento dessas propriedades, inclusive com regras mais simples em comparação com o financiamento de um imóvel na planta.

Como funciona o leilão de imóveis

Afinal, como funciona um leilão de imóveis? Vence o lance mais vantajoso para o leiloeiro. Para isso, o comprador deve fazer uma proposta de valor igual ou superior ao mínimo estabelecido no edital.

Na versão presencial, o leilão é sediado em auditórios de diferentes localidades do Brasil. A Caixa Econômica Federal frequentemente realiza leilão de imóveis em São Paulo, por exemplo. Já online, os imóveis são listados no site dos leiloeiros oficiais contratados pelos bancos.

Qualquer pessoa pode participar de um leilão de imóveis, física ou jurídica. As exceções são tutores, curadores, testamenteiros, juízes e membros do Ministério Público. Após a arrematação, inicia-se um processo de documentação que determina a transferência do bem.

O que saber antes de participar de um leilão?

Apesar de os imóveis em leilão estarem abaixo do preço de mercado, é preciso tomar cuidado. Só participe de um leilão de imóveis caso ele esteja vinculado a uma grande instituição e homologado pelo Tribunal de Justiça.

No site do leilão, você deve encontrar o edital e a matrícula atualizada do imóvel. Por lei, o edital deve apresentar uma descrição do bem penhorado, o valor pelo qual ele foi avaliado, as condições de pagamento e os dados sobre o local do leilão, bem como a existência de ônus, recurso ou processo pendente sobre o imóvel.

Também é muito importante verificar se o imóvel está limpo de restrições. Entre em contato com a entidade responsável pelo leilão imobiliário — banco, tribunal de justiça ou construtora — e verifique se a propriedade está mesmo sendo leiloada e se a empresa leiloeira está autorizada a vender o imóvel.

Dicas e desvantagens dos leilões

Na maioria dos casos, não há fotos do interior no leilão de apartamento ou casa, então busque saber sobre o estado do imóvel. Se for possível, informe-se sobre a metragem e o endereço, por exemplo. O ideal é tomar os mesmos cuidados que você teria na compra de um imóvel por vias convencionais.

Uma boa dica é procurar pela fachada da propriedade no Google Maps ou visitar a região presencialmente. Assim, você sabe exatamente como é o lugar que vai adquirir. Por fim, lembre-se de que existem despesas com os honorários do leiloeiro e a transferência do imóvel para seu nome, pela carta de arrematação.

Apesar do preço de mercado abaixo da média, é preciso tomar cuidado, já que existe a possibilidade de a propriedade estar ocupada. Nesse caso, é necessário iniciar um processo para retirar o antigo morador do local, o que custa tempo e dinheiro.

Coloque na ponta de lápis os gastos com papelada, comissão do leiloeiro (os honorários ficam em torno de 5%), IPTU atrasado do antigo morador e, é claro, possíveis reformas. Além disso, consulte um advogado antes de fechar o negócio, para avaliar a existência de pendências e restrições em relação ao imóvel.

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